quarta-feira, 24 de junho de 2009

Outros Modos de Sentir

Teaser do meu curta, baseado em obras de Clarice Lispector: http://www.youtube.com/watch?v=YP6C4QxnBK4

abertura de séries!

Algumas daquelas aberturas que fazem você não ter vontade de adiantá-las toda vez que assiste a um novo episódio! ha!

That 70´s Show!

A idéia original do carro do Eric foi mantida até a 6º ou 7º temporada, antes dele abandonar a série! Existem umas 5 versões que foram sendo atualizadas de acordo com a entrada e saída de elenco durante as 8 temporadas emplacadas!



Six Feet Under!

Hipnotizante, fotografia incrivel, clima mórbidamente belo!



Weeds!

Levando em conta o tema da polêmica série, é genial a idéia de a cada episódio o tema musical ser interpretado por um músico diferente! Isso ocorreu na 1º e na 2º temporadas apenas, na 3º ficou valendo apenas o tema original da Malvina Reynolds (que era o que queria postar, porém, ela não autoriza a liberação da faixa e todas as versões do youtube estão bloqueadas!) Segue então a 2º versão preferida, do Elvis Costello!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

sem nome

Achei por acaso este texto de um tempo atrás, mas que ilustra a mesma necessidade de agora.

Um certo dia sentiu necessidade de parar de resmungar, de viver de contos de página branca... resolveu jogar-se em algo que lhe alimentasse a vida... E sem saber ainda no que... Se jogou em tudo...


Surgiram-lhe muitas coisas, cada dia lhe trouxe uma enxurrada de situações nunca antes vividas, personagens, situações, desafios, uma mutação de sensações, desde paixões platônicas mais reais que o próprio toque, admiração de mãos dadas com um súbito desprezo, amizade e companheirismo mesclados com ciúmes, bomba relógio revestida de rotina... Tragadas amargas.

Sentiu grandes intensidades, mas nada que o alimentasse viver além de dias inteiros... Dias que por vezes não tinham fim, tamanha intensidade de envolvimento. Algumas vezes travou brigas consigo mesmo, tentando não fechar os olhos para dormir quando a esperança lhe rondava, varou e revirou, mas percebeu que mesmo assim ela partia sem se despedir, não havia controle.

Não lhe afligia mais sofrer em parágrafos seus, aprendeu a lidar com isso. O que lhe afligia agora era sofrer capítulos de livros que não eram o seu. Dos quais não tinha controle nenhum da narrativa, apenas de travessões. Aventurou-se escrevendo em diferentes fontes e caligrafias, em alguns casos modestamente julgou-se bem sucedido. Isso o interessou por algum tempo, mas carregar o peso de muitos ainda não era para ele, não estava pronto.

O que fez por todo esse tempo foi dar, também recebeu, é fato. Mas tudo que o mundo um dia lhe deu em troca, pouco depois o tirou. Bailou a infinda tristeza de não conseguir mais amar nem a si mesmo. Não se reconhecia mais, não necessitava a presença de outros, tinha mais prazer sozinho do que sem si em outras circunstâncias.

Assim, como num certo dia sentiu a necessidade de parar de resmungar, de um súbito resolveu se guardar... Não que fosse se fechar para o mundo, mas apenas fazer parte dele... Desenvolver sua própria caligrafia, dançar suas próprias lágrimas, escorrer-se... Guardar e aguardar...