O que é o
amor?
É uma
pergunta que faço sempre que tenho oportunidade. A desconhecidos, a amantes, a
forasteiros. Gosto de ouvir as súbitas definições que as pessoas traçam de
improviso, uma mescla de algo que impressione com algo biográfico. É perceptível
que todo mundo fantasia um pouco, um toque de sonho e de otimismo, geralmente
combinado com um leve gosto amargo de alguma experiência vivida.
Para mim o
amor é um questão tão grande quanto a morte. Ela pelo menos só se conhece uma
vez, é uma vivência única. O amor acontece e a gente segue vivo. Tem gente que
morre dizendo que nunca amou, tem gente que afirma que só vive porque ama. É Possível
viver sem amar? E amar sem morrer?
Esse
sorriso vai ser a minha desgraça. É uma frase que ouvi recentemente e que
define bem a sensação de quando me pego flutuando, sem ouvir uma palavra que
saí de determinada boca. Neste momento penso, o que é o amor senão ruína?
As certezas
destruídas, escombros de conceitos, a velha biblioteca de razões parece estar
organizada em uma nova ordem, absurda. É a morte da razão. Tudo está lá, milimetricamente
ajustado, catalogado e disponível, mas aquilo tudo parece loucura, aquelas
certezas ali descritas.
Abra um
livro aleatório.
O quanto de
amor existe nas atitudes? E quanto mais dele existe nas desatitutes?
Tenho dor
nas costas.