sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

dancing with myself

Filmes musicais. Gosto ou não gosto? É uma dúvida que permeia minha cabeça...

Sempre que alguém propõe ver um, fico na imensa dúvida de se devo ou não me jogar. Vi alguns tão tediosos, que me traumatizaram, mas também outros tão inspirados e alguns bem geniais. Não dá pra culpar o gênero, parece que cada um sai na medida da produção. E que produção! Arrisco dizer que musicais são as obras mais difíceis de se conceber artisticamente, imagina, são canções, texto, atuações, dança, e todos os outros elementos que já compõe um filme comum orquestrados. São diversas expressões em uma só peça, muita responsa.

Hoje vi um por acaso, digo porque não sabia que era um musical, o filme irlandês "Once" (Apenas uma vez). Me dei conta vendo, que se tratava de um musical, algo que tardou um pouco, pois o filme é avesso ao universo que estamos acostumados nessas produções. Sem elencos dançantes, sem movimentos expressivos de câmera, sem quebra nenhuma de universo, os personagens cantam e vivem sozinhos com suas canções, e isso basta.


Preenchido quase que 80% por canções, o filme foi definido como um musical naturalista, onde os músicos Glen Hansard (da banda "The Frames") e Markéta Irglová (instrumentista da República Checa), interpretam composições feitas por eles mesmos. É uma graça o filme, se é que isso pode ser definição de uma obra assim! Ha! Mas foi a sensação que deixou. Super maduro, o romance acontece sem um beijo, sem uma cena de sexo, mas com toda a carga emocional que um grande filme precisa. Que venham mais musicais naturalistas, deu gosto de quero mais!!